terça-feira, 9 de abril de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
A Ecologia do Parto e Nascimento
Texto
elaborado e traduzido por Heloisa Lessa e editado por Sabrina Seibert a partir
do artigo: Planned home birth in
industrialized countries (Parto domiciliar planejado
nos países industrializados ) –Michel Odent. Who. Volume 7 of EUR/ HFA target –Regional Office, 1991.
A Ecologia do Parto e
Nascimento
Os
dados da ciência são suficientes para afirmar que nosso mundo está acabado, que
os recursos terrestres são findáveis, que a poluição do ar, da água e da terra não
deverá ultrapassar certos limites e que um crescimento demográfico excepcional
está proibido. Os dados da ciência são suficientes para afirmar que a
sobrevivência da espécie impõe uma revolução ecológica e esta revolução é uma
dinâmica de sobrevivência na escala da espécie.
O
que nos reserva a revolução ecológica é uma solidariedade entre as espécies
vivas. O homem ecológico está totalmente a ser descoberto e a ser realizado.
Está na hora do homem tomar seu destino na mão enquanto espécie.
A
sociedade industrial tem um efeito destruidor ao desequilibrar a biosfera, esta
fina película de vida que recobre o planeta. A sociedade industrial destrói
ainda mais rapidamente e com mais segurança, o próprio ser humano ao automatizá-lo.
Qual a distância entre o conhecimento e a tomada de consciência? A tomada de
consciência é pôr o conhecimento em relação à prática. A tomada de consciência
supõe a integração de um conhecimento novo com outros conhecimentos
anteriormente adquiridos. A tomada de consciência é um fenômeno especificamente
humano, em oposição ao adestramento e ao condicionamento. A tomada de
consciência supõe um acordo, uma harmonia entre o conhecimento do cérebro
superior lógico, racional e o cérebro emocional.
A
partir de 1974 o Dr Michel Odent e sua equipe começaram estudos com relação as
condições de nascimento nos paises industrializados. O fenômeno Leboyer surgiu
com uma sucessão de obras destinadas ao grande público e com profunda
ressonância mundial. Este apareceu como uma tomada de consciência de efeito
destruidor sobre as sociedades industriais .É o ponto de partida de um
questionamento das condições habituais de nascimento.
A
maternidade onde o Dr Michel Odent e sua equipe trabalhavam se chamava
Phitivieres e se situava na França. Para o profissional que chega como
observador, as surpresas eram inúmeras. Sua prática era tão diferente da obstetrícia
ensinada que algumas pessoas já sugeriram um novo tratado de obstetrícia, uma obstetrícia
posterior a Leboyer. Esta nova obstetrícia estaria inscrita em uma nova
cultura, uma contra cultura que alguns gostavam de chamar de sociedade pós-histórica
e outros de sociedade ecológica.
Esta
nova obstetrícia estava inscrita em uma sociedade onde o ser humano, ou os
grupos humanos, na medida em que seguem a sua evolução podem guardar um contato
com as suas raízes, desde as mais profundas, comuns a todas as formas de vida,
até as mais superficiais, que pertencem à história individual. A esta
obstetrícia dar-se-á o nome de eco-obstetricia.
A
eco-obstetrícia pode ser evocada,
pode ser abordada. Podemos penetrá-la, podemos explorá-la, mas não podemos
analisá-la ou estuda-la metodologicamente, porque ela exclui tudo que se
assemelha a um método. Ela aceita a improvisação e a escolha. Esta obstetrícia
pode ser explorada e compreendida a partir de algumas experiências concretas
nas “maternidades convivais” que em alguns pontos do mundo ocidental começaram
a se individualizar. As maternidades clássicas são, cada vez mais, dominadas
pelas senhas, saídas do estado maior médico que impõe, ao conjunto da equipe,
para cada situação, uma atitude precisa.
O
Dr. Odent e sua equipe acreditavam que: o
parto, bem como a mamada, são situações que pertencem à vida emocional, à vida
afetiva e à vida sexual. Isto é, a importância do ambiente humano. A
importância do ambiente material e do mobiliário. A compreensão de que o
primeiro fator de segurança em uma maternidade é uma atmosfera que facilite os
partos. A compreensão de que está muito próximo o limite além do qual a invasão
pela maquina, pela instituição e pela medicina será mais nefasta que útil.
Essa situação, em que muitas vezes o ambiente não facilita, e pelo contrário, atrapalha a manifestação fisiológica e prazerosa no parto é o que vivemos hoje!sábado, 23 de março de 2013
ENCONTRO COM MICHEL ODENT 04/03/2013
No
dia 4 de março de 2013 o médico fisiologista Michel Odent ministrou uma
palestra na Roda de Barrigas, Bebês e Bigodes, no Rio de Janeiro, falando sobre
o futuro da humanidade relacionado à maneira como nascemos. Ele nos brindou com
novas evidências científicas que emergiram no meio científico acerca de temas
que abordam este período tão mágico, chamado nascimento. Resumimos aqui no
nosso blog o que foi discutido nesse encontro tão rico e gratificante.
PARTO E NASCIMENTO DO
ASPECTO MICROBIOLÓGICO
Após
uma breve apresentação, Michel Odent iniciou este encontro falando sobre a
função placentária na transferência de imunoglobulinas do tipo IgG para o bebê
durante a vida fetal. No momento do nascimento, os níveis de IgG do bebê estão
no mesmo nível de IgG materna. Isso quer dizer que mãe e bebê partilham suas
defesas e é muito diferente do que acontece com os outros animais mamíferos. O
bezerro, por exemplo, só tem 10% de IgG da mãe. Ou seja, as prioridades de
nascimento são diferentes nessas duas espécies. No bezerro há uma necessidade imediata
de consumir uma boa quantidade de colostro para obter as imunoglobulinas em
níveis altos de forma que os protejam das inúmeras bactérias do ambiente que
vão colonizá-lo a partir do nascimento. Entre os humanos a situação é diferente
porque os bebês humanos podem sobreviver mesmo sem o colostro. Durante muitos
anos, o colostro dos seres humanos tinha uma conotação negativa, e muitas
pessoas não ofereciam o colostro para seus filhos. Muitas culturas incentivavam
que o colostro fosse desprezado e não oferecido ao bebê, mas mesmo assim isso
não significou um risco de vida para o recém-nascido que já possuía a proteção
materna adquirida na vida fetal. Descobriu-se então que entre os humanos a
principal questão é: Quais os primeiros micróbios que irão ocupar o território
(pele, boca e flora intestinal)?
Mario
Vaneechoutte, professor do departamento de microbiologia da faculdade de
medicina da Bélgica estuda a flora vaginal e sua relação com o estabelecimento
da flora intestinal do bebê. É de grande importância a forma que a flora
intestinal foi estabelecida imediatamente após o parto e hoje em dia existe um
acúmulo de dados científicos que mostram esta importância. Pense que quando o
bebê nasce ele não tem nenhum germe em sua pele. Uma hora depois tem milhões de
micróbios ocupando esse território. Quais foram os primeiros? Essa é a pergunta
que definirá todo seu sistema imunológico em sua vida. Mario comprovou que a
flora vaginal se modifica durante a gravidez, se preparando para colonizar o
bebê no momento do nascimento. No final da gravidez, há um grande número de
micróbios, principalmente os lactobacillus,
preparados paras serem os primeiros a colonizar a pela, a boca e o
intestino do bebê. O períneo e a
vagina são ambientes riquíssimos de microorganismos e durante muitos anos era
uma garantia do bebê ser colonizado com os microorganismos da mãe. Porém, nos
dias de hoje o cenário e o modo como os bebês nascem mudou. A maioria dos bebês
não nasce mais em um ambiente familiar e também muitos não nascem pela via
vaginal, impedindo essa colonização que é uma garantia de sobrevivência para a
espécie humana. Infelizmente, os bebês não nascem mais nessa zona bacteriana
tão rica e protetora. Além disso, muitos ficam expostos aos antibióticos no
período perinatal, seja pelo rompimento prematuro da membrana ou pelo uso de
antibiótico antes mesmo de se iniciar uma cesariana e isso tem consequências na
maneira de como se estabelecerá a flora intestinal deste bebê.
Um
estudo realizado na Finlândia analisou a flora intestinal de crianças pequenas
que nasceram de cesariana com o uso de antibiótico, e crianças que nasceram via
vaginal. Sua flora intestinal era drasticamente diferente. As crianças que
nasceram via vaginal apresentaram uma flora intestinal muito mais rica e
protetora do que as que nasceram por cesariana. Elisabeth Bik, pesquisadora da
Universidade de Utrecht, na Holanda pesquisou sobre o risco de asma na infância
entre dois grupos: os que nasceram via vaginal em casa e os que nasceram via
vaginal no hospital e o resultado mostrou diferenças significantes no risco da
asma na infância entre estes dois grupos estudados, sendo o risco maior em
crianças que nasceram no hospital.
Assim,
Michel reforça a ideia que o Hommo Sapiens é um ecossistema com uma interação
constante entre o hospedeiro e milhares, trilhões de micróbios. Todos possuem
mais micróbios no corpo do que o número total de seres humanos no planeta. Portanto,
deve-se compreender a simbiose entre o macrobioma e o hospedeiro, que é o ser
humano. Desde Pasteur, os ser humano relaciona os micróbios com doenças, e hoje
em dia é possível compreender muito, vendo os micróbios como auxiliares na
manutenção de nossa saúde, estabelecida através de uma relação de simbiose. Os
seres humanos possuem o local propício para o desenvolvimento dos micróbios e
em troca eles nos protegem dos outros micróbios que são perigosos (patogênicos)
para nós. Eles nos dão energia, nos ajudam na digestão dos polissacarídeos, na
síntese da vitamina K, etc. Por isso, há uma maior compreensão também da
importância da flora intestinal, que compõe a maior parte do nosso Sistema
Imunológico. Nossa saúde e nosso comportamento são altamente influenciados pela
nossa flora intestinal.
Isso
é um pequeno resumo do que os estudos científicos vêm comprovando e chamando de
revolução da flora microbiana. No campo da medicina novos estudos vêm sendo
desenvolvidos e reforçando a importância da discussão deste tema - Parto e Nascimento
- sob a perspectiva bacteriológica.
Mais
informações sobre o assunto podem ser encontradas em:
www.wombecology.com
Redação:
Equipe Parto Ecológico
terça-feira, 19 de março de 2013
A DIMENSÃO PSÍQUICA VALORIZADA NOS CUIDADOS IMEDIATOS AO RECÉM-NASCIDO
THE PSYCHOLOGICAL DIMENSION OF THE IMMEDIATE CARE TO THE NEWBORN
Para ler mais acesse: http://www.facenf.uerj.br/v14n4/v14n4a16.pdf
THE PSYCHOLOGICAL DIMENSION OF THE IMMEDIATE CARE TO THE NEWBORN
Marcele Zveiter
Jane Márcia Progianti
RESUMO: Este artigo tem por objetivo apresentar, através de revisão bibliográfica, as dimensões psíquicas da mãe e do bebê que devem ser valorizadas durante a realização dos procedimentos técnicos recomendados pela Organização Mundial de Saúde para a primeira hora de vida humana. Aponta ações práticas de enfermagem na preservação da saúde mental do recém-nascido e a diferença entre cuidado materno e cuidado profissional. Conclui que é primordial para a enfermagem conciliar a integridade psíquica da mãe e do bebê na política pública, o que certamente resultará num salto de qualidade em saúde materno-infantil.
Palavras-chave: Cuidado imediato; recém-nascido; saúde da mulher; saúde mental.Para ler mais acesse: http://www.facenf.uerj.br/v14n4/v14n4a16.pdf
sexta-feira, 15 de março de 2013
Tipos de Parto
Desde a década de 60 temos
ouvido muitas referencias sobre os tipos parto: o parto normal, parto de cócoras,
parto Leboyer, parto natural, parto humanizado, parto na água, parto ecológico
e parto fisiológico. Fizemos umq pequena nota sobre as diferentes nomenclaturas
para ajudá-las a entender o que cada um significa.
Parto Normal:
O termo normal está ligado a
uma norma definida por um grupo cultural. Parto normal para uma mulher que mora
em uma grande cidade por exemplo, é aquele que ocorre pela via vaginal, numa
posição horizontal, com a utilização de medicamentos para o aumento da
contração, analgésicos etc. O que é normal numa cidade brasileira não é o mesmo
que para uma mulher que mora na Amazônia ou na Holanda. A partir desta
definição os trabalhos e artigos científicos passaram a evitar a utilização do
termo parto normal.
Parto de Cócoras:
No Brasil, nos anos 80, o médico
obstetra Moyses Paciornick, após estudo com as índias Cainguangues lança o
livro: O Parto de Cócoras – Aprenda a
nascer com os índios. Com isso surge nos grandes centros urbanos
brasileiros um novo modelo de parto. O parto vertical, que oferece a
possibilidade de outras posições para o nascimento, incluindo a possibilidade
de se utilizar as cadeiras de parto de cócoras em um ambiente mais acolhedor. A
posição do parto, no caso, o parto de cócoras passou a ser reconhecido como uma
maneira de parir mais natural, sem intervenções médicas desnecessárias. Este
tipo de parto teve grande divulgação junto ao movimento de mulheres. Parir de
cócoras passou a significar a vivência pela mulher de um parto natural.
Parto Leboyer:
Frédérick Leboyer escreveu o
livro O Nascimento sem Violência–Nascer Sorrindo, que ficou conhecido
internacionalmente. Neste livro o autor nos convida a olhar para o recém
nascido como um indivíduo, e foi a partir dele que surgem as primeiras
transformações no ambiente do parto. O bebê deixa de ser recebido com uma
palmada, a temperatura do ambiente permanece mais aquecida e a luz no ambiente
é baixa.
Parto na Água:
Em Phitiviers, na França,
sob a direção do obstetra Michel Odent (1984) surgem as salas de parto
selvagem e os partos na água dentro do ambiente hospitalar. Durante 23 anos
a maternidade de Phitiviers praticou e mostrou ao mundo outro modelo de parto.
Segundo Odent a utilização da água durante o trabalho de parto surgiu como uma
substituição à utilização de drogas analgésicas. A água atua relaxando e
aliviando a sensação dolorosa, facilitando a dilatação do colo uterino, principalmente
se a entrada na água ocorre após 5 ou 6 cm de dilatação.
Na nossa pratica profissional,
muitas mulheres se utilizam da piscina de parto em algum momento. Nem todas, no
entanto, optam por terem o seu bebê dentro da água. A opção por ter o bebê
dentro da água, ou não, é uma decisão tomada no momento do parto. Esta escolha
deve vir do cérebro instintivo e não do cérebro pensante, o néo-cortex, pois é
o cérebro primitivo o responsável pela produção hormonal que é responsável
pelas contrações uterinas.
Parto Natural:
Atualmente esta designação
do parto nos remete a um parto com baixo nível de intervenção. Um parto sem
utilização de fármacos para aumentar a contração ou de drogas analgésicas para
a mãe. Nascer naturalmente significa nascer da forma como a natureza criou, com
a própria produção endógena de ocitocina. Infelizmente, o uso indiscriminado da
tecnologia no momento do parto tem feito com que estes estejam se tornando mais
difíceis e, portanto, o parto natural está cada vez mais raro em nossa
sociedade.
Parto Humanizado:
Humanizar o parto é dar às
mulheres o que lhes é de direito: um atendimento focado em suas necessidades, e
não em crenças e mitos. A humanização é um conceito tratado pela
Portaria 569/00, do Ministério da Saúde (MS), que institui o Programa de Humanização
ao Pré-natal e Nascimento. A legislação tem como intuito incentivar o parto
normal, reduzir as intervenções cirúrgicas e a quantidade de medicamentos
utilizados neste momento. Destina-se ainda a melhorar a cobertura e a qualidade
do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e aos recém-nascidos. O
programa previa o estímulo a vínculos mais afetivos entre equipe de saúde e
pacientes, e ainda a quebra do rigor hierárquico comum nos relacionamentos em
ambiente hospitalar. Humanizar o parto é dar liberdade às
escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades, e não
em crenças, mitos, ou regras institucionais. O cuidado humanizado começa quando
o profissional é capaz de detectar, sentir e interagir com pacientes e
familiares, ou seja, é capaz de estabelecer uma relação de respeito aos seres
humanos e aos seus direitos.
Parto Ecológico
O termo foi usado pela
primeira vez no Congresso Ecologia do Parto e Nascimento ocorrido na UERJ em
2002. O termo compreende parto e nascimento como processos fisiológicos, e a
vivência da parturição pela mulher como ocasião ímpar de contato simultâneo com
sua natureza interior e com o meio ambiente. A esse paradigma dá-se o nome de
Ecologia do Parto e Nascimento.
Parto Fisiológico:
O termo foi bastante
difundido no Brasil a partir dos livros e palestras de Michel Odent. O parto
fisiológico transcende as culturas. É o mesmo, ou muito parecido para todas as
mulheres, mesmo pertencendo a diferentes culturas. Seria o mais próximo à
natureza humana. O termo fisiológico, natural e ecológico são termos similares
e definem o parto com baixa intervenção ou nenhuma intervenção.
Parto Domiciliar
Planejado:
O que em um primeiro momento
pode parecer uma volta ao passado vem se mostrando como uma opção segura
para as mulheres do Brasil e do mundo. Recentemente na Inglaterra, um país que
conta com muitas parteiras profissionais, as midwifes, o Jornal The Independent
publica matéria (14 de maio de 2006) com a secretária de saúde Britânica onde a
mesma afirma: “Revolução no Nascimento. Mais mulheres deveriam dar a luz em
casa, não nos hospitais”.
O
parto domiciliar planejado é uma opção segura para gestações normais, esta
afirmação parte das evidencias cientificas atuais. Recentemente (2012) foi
publicado, na Inglaterra, o estudo conhecido como Birth Place Study – Estudo
Relativo ao local de parto, cujo objetivo foi comparar os resultados maternos e
fetais, de acordo com o local planejado de nascimento para mulheres com
gestação de baixo risco. Este foi um estudo de coorte prospectivo e dele
participaram quase 65.000 mulheres com gravidez única e com término da gravidez
entre trinta e sete ou mais semanas de gestação. Estas mulheres deram a luz
entre abril de 2008 e abril de 2010, planejaram dar à luz no domicílio, nos
Centros de Parto (CP) ligados à estrutura hospitalar (alongside midwifery
units) ou os extra-hospitalares (freestanding birth center). As conclusões do
estudo dão suporte às políticas que oferecem às mulheres de baixo risco
obstétrico a opção de escolha do local de parto. O estudo afirma que resultados
adversos são incomuns em todos os locais, e que as intervenções são menos
frequentes nos partos que acontecem fora do ambiente hospitalar. (BIRTH PLACE,
2011).
O parto
domiciliar planejado é uma possibilidade de escolha tanto para a atuação
profissional daqueles que possuem habilitação para atuar no momento do parto,
bem como para as mulheres e suas famílias, desde que seja garantida uma
referência para uma unidade hospitalar mais próxima da residência da mulher.
Heloísa
Lessa
Sabrina
Seibert
domingo, 10 de março de 2013
Medicalização x Humanização
Este foi meu primeiro artigo falando sobre a assistência ao parto, publicado na Revista de Enfermagem da FENF/ UERJ em 2005. Para quem quiser utilizar, segue a forma de referenciá-lo: Seibert SL, Barbosa JLS, Santos JM, Vargens OMC. Medicalização X humanização: o cuidado ao parto na história. Rev Enferm UERJ. 2005;13(2):245-51.
Espero que gostem! Bjs, Sabrina.
Medicalização x Humanização: o cuidado ao parto através da história
Medicalization x Humanization: the birthcare and history
Medicalizacion x Humanizacion: el cuidado con el parto en la historia
Sabrina Lins Seibert
Jéssica Louise da Silva Barbosa
Joares Maia dos Santos
Octavio Muniz da Costa Vargens
Resumo: O cuidado prestado à mulher durante o processo de parir sofreu muitas modificações através dos tempos, decorrentes da medicalização e institucionalização do parto, dos avanços tecnológicos e do desenvolvimento da medicina. Tais mudanças tornaram o parto um processo impessoal em prol da redução da mortalidade materna e neonatal. Atualmente um novo conceito de atenção à saúde, onde o eixo central passa a ser a garantia de qualidade de vida desde o nascimento, vem sendo proposto. Com uma assistência humanizada, evitam-se intervenções desnecessárias e preserva-se a privacidade e autonomia da mulher cidadã de direitos. A ideia de elaboração deste estudo surgiu dos questionamentos dos autores acerca dos procedimentos relacionados ao parto praticados na maioria dos estabelecimentos de saúde, refletindo nos altos índices de cesarianas realizadas no Brasil.
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